Adoro o mês
de Fevereiro (e o Março idem). O
telemóvel continuamente a escancarar-me a vida como uma porta sem trinco. Todos
a pedir ajuda, um bocado da alma a preço de saldo, um favorzeco fiscal, o esclarecimento de umas dúvidas. Não é para mim, é para a vizinha, dizem
uns. Outros, expressam apenas gratidão: não te chateio mais, prometo. E voltam
para o ano. Essa é uma certeza tão densa e inabalável como o peso do cimento. Fico
parvo com a lata de ambos. Adoro ficar parvo em Fevereiro e Março.
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