segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

tão precária a imortalidade

É verdade, era para vos ter dito e depois passou-me. Efeitos do bolor do esquecimento, certamente. Na semana passada faleceu o Sr. Director. Aquele que era mesmo, sim. Não o outro, que gostaria de ter sido.  Creio que a coisa aconteceu às mãos de uma daquelas doenças que nos aproximam da morte em menos de uns meses.  Dois ou três, ao que parece. A passar tão depressa o pouco que lhe restava de vida. Até que… Quem havia de dizer! Logo ele que nos havia chegado com aquele seu porte imortal.  Solene e rígido. Disposto a 'arrumar a casa', como então se disse quando nos informaram ao que vinha. Ele que nos chegou ainda vivo. E afinal, que tristeza este desfecho. Este concluir  que a morte é mais do que um boato.  Que não é como as más digestões. Algo que nos passe amanhã ou depois. E, o que é pior de tudo, que nunca vem na hora esperada. Mesmo quando já estamos à sua espera. Finalmente a paz Sr Director. Só espero que ela o tenha libertado de todos os pesos e todas as torturas. Pareciam ser tantos. Afinal, quem havia de dizer, é ela que nos torna todos iguais. Não é?

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