domingo, 13 de abril de 2014

o lado letal das redes sociais

Tenho toda a má opinião que é possível ter sobre as redes sociais. Acho-as umas verdadeiras montras de nós próprios no que respeita ao estendal de misérias que por lá vamos pendurando.  E, mesmo descurando o que podia delas sobrar olhando-as pelo lado bom, isto reportando-me à definição que já alguém lhes deu, de  uma espécie de cuidados paliativos para a solidão, o que possuem de mau é suficiente para que delas não use mais do que o indispensável a que não me classifiquem de info-excluído (sendo que o ‘info’ provém aqui de informática, não de informação).

Na maioria das que visito, nelas incluindo as de algumas das minhas amigas (amigas é aqui uma generosa forma de expressão minha) que as usam apenas para se porem a jeito, ou mostrar o rabo, como queiram interpretar-lhes as tristes figuras que fazem, encontro uma espécie de curriculum de vida que equiparo aqueles pratos de cozinha de autor, que ainda mal os comemos e já estamos mesmo a ver a barrigada de fome que nos espera, pois, a maioria, dizia eu, faz-me trepar pela espinha um arrepio dos grandes.

Depois, sobram as outras, onde a intransigente defesa das regras da privacidade, por parte dos donos, me faz respeitá-los à consignação, ou seja, não sem que fique à espera de um dia os ver por a cabeça de fora, e perceber de que é feita a sua incomodidade por essa triste forma de exposição pública.       
É assim que, este encontro de opiniões a que vos remeto agora (aqui, no Ladrar à Lua), colhe da minha parte um conforto indecifrável, mais ainda pela forma magistral como a metáfora dele consegue expressar  em poucas palavras o que eu levaria 20 ou 30 anos de escrita para vos tentar dizer.  

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