quarta-feira, 29 de julho de 2015

ex-colega

Tropecei nele na praia, hoje. Já não nos víamos há um ano, talvez mais. Trocadas as primeiras palavras de acolhimento depressa nos dispusemos a contabilizar o tempo a que nos havíamos livrado da ‘escravatura’ que foi o serviço activo. Então, à vez, cantando o céu alcançado com a libertação,  cada um de nós gritou o seu alívio por esse apagar de memória que ambos supomos ter feito. Depois, como se nos custasse a crer que o mundo tenha continuado a rodar sem o nosso precioso contributo, os dois nos mostrámos descrentes de que os novos (que ocuparam os nossos lugares) se mostrem capazes (ou até melhores) a fazer o que nós fazíamos. No fundo somos o único animal que tendo consciência da falta que não fazem nos comportamos como se fossemos únicos e insubstituíveis. É tão triste isto. Tão triste que nestas alturas nem devia haver realidade que o prove. Nem factos a torná-lo impiedoso.

terça-feira, 28 de julho de 2015

dar a volta por cima

É verdade sim, mal tenho tido tempo para aqui vir. Creio mesmo que mais uma semana e já nem me lembrava da senha de acesso a esta coisa.  Ainda assim, importa que o diga, as razões que o explicam nem sequer são boas. Embora sejam muitas. Pelo menos isso. A maior delas é a que menos imediatamente se deixa ver. E ainda bem. Questão de saúde. (imagino-vos o contentamento de sabê-lo assim). Uma daquelas merdices sem peso que nos hão-de levar um dia, a todos. Um padecimento de milímetros a que nem a importância dá valor, pois se não fosse ele seria outro qualquer. Que se lixe! Afinal, determinar o relevo maior destas coisas (coisas de saúde, ou da falta dela) raramente importa se o essencial está no impacto que produzem. No caso a falta que não tenho feito no espaço em branco deste lugar antes vazio.